O desenvolvimento da visão acontece gradativamente até os 3 anos de idade. Mas por volta dos 3 meses, o bebê já é capaz de reconhecer alguns objetos e pessoas mais familiares. E é nessa fase que se torna importante promover uma relação da criança com um bichinho de apego. Esse reconhecimento traz segurança ao bebê. Daí por diante ele vai escolher quanto tempo vai durar essa relação, que pode chegar até os 12 anos, quando entra a adolescência.
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[ O olho e o olhar: Olhar a mamãe enquanto mama, promove segurança e libera ocitocina, o hormônio do amor. E todo mundo sabe que energia amorosa além de gerar confiança e auto estima, facilita as relações de vínculo no futuro.]
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Fiz alguns testes durante o desenvolvimento no design dos bichinhos da Mundo Pano. A única coisa que sabia era que queria oferecer um objeto que impulsionasse um primeiro salto para a imaginação. Que fosse uma possibilidade de a criança poder CRIAR e se desenvolver emocionalmente a partir da relação com o bichinho. Por isso, essa vida quem poderia criar com liberdade seria a criança. Ela que escolheria como imaginaria essa relação em cada etapa de sua vida. Assim, fiz um primeiro protótipo sem os olhos. Pedi a opinião do Victor Canela, um amigo querido que me ajudou muito no processo, e ele disse algo significativo, que me fez crescer com o que eu tinha internamente, conseguiu traduzir em palavras o estranhamento que eu sentia ao ver um bonequinho sem os olhos. Ele disse: os olhos são a identificação. É a ponte que promove a relação, é o que envolve e o que traz conforto. E foi aí que entendi o poder dos olhos, para além da capacidade de enxergar e da visão propriamente dita: a visão de mundo. Pensei nos olhos sendo a janela de nossas almas.
E então desenvolvi os bonecos da Mundo Pano apenas com os olhos por serem essenciais para criarem essa identificação. O vínculo emocional acontece a partir desse contato, a relação entra com mais profundidade quando existe olho no olho. Intuí que tendo apenas os olhos, a troca aconteceria promovendo mais liberdade ao imaginar o que nosso amigo nos fala e mais tarde essa relação “criança - bichinho” seria simbolicamente desenvolvida como um espelho, uma troca entre olhar para o objeto trocando uma idéia gentil com nós mesmos.
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