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  • Foto do escritorMundo Pano Estela

Movimento do 'Feito no Brasil'



O Feito no Brasil nunca fez tanto sentido como agora. Os últimos acontecimentos têm nos mostrado a força e a fragilidade que temos , pois estamos lidando com 2 frentes: uma de abundância e outra de escassez.


A de abundância é que com a experiência percebemos que temos o que precisamos e que podemos valorizar o que produzimos internamente.

Nos mostra que devemos fortalecer a economia do nosso país. Que aquele vizinho que tem um restaurante no bairro precisa ser fortalecido. Que aquele trabalhador informal que precisa sustentar sua família deve ser apoiado. Nos coloca de frente com a desigualdade social e mais próximo do outro, tornando essa relação menos desigual.

Também na frente da abundância, nos mostra que estamos repletos de empresas e colaboradores com boas intenções e produtos de altíssima qualidade para abastecer o mercado e para atender às nossas necessidades.


A de escassez é que, se por um lado percebemos conseguimos sobreviver com nosso mercado interno, que temos um povo criativo, resiliente, com produções de alta qualidade e bons propósitos, por outro lado, demos de cara com a velha e realidade de um país de terceiro mundo desestimulado a investir em tecnologia e com isso baixo conhecimento incorporado no sistema produtivo, gerando a eterna dependência de importar de países que investem nessas frentes. [ Dá pra gente refletir aqui o tanto que a taxa de desemprego do nosso país melhoraria se tivéssemos mais investimento no mercado interno. Pois com mais produção, mais emprego se gera. Mas não é o caso de entrar nesse tema agora.]


Vamos falar aqui sobre o Feito no Brasil, que não deve mais ser Made in Brazil. Temos potencial pra isso.

Escrevo pra refletir sobre o que é produzir em um país como o nosso. Pois vemos que o movimento "Feito no Brasil" agora de fato pode ser bem compreendido. De forma mais empírica mesmo, pois estamos vivenciando isso: sentindo na pele a abundância de um povo criativo, da cultura e produtividade local e a escassez de um sistema produtivo diverso e qualificado.


Nesta pesquisa feita pela google sobre a experiência do consumidor brasileiro agora em tempos de coronavírus, nos mostra que em termos de confiança nas instituições, o brasileiro confia 2X mais nas empresas do que no próprio governo.


O que me empolga desse dado é que nenhuma empresa mais vai funcionar exatamente como antes, seja ela grande, média ou pequena.

Todas estão em mudanças constantes e super profundas com a chegada do coronavírus. Tanto para se adequarem a novas demandas de mercado, quanto para atuar com o relacionamento mais próximo de quem consome. Por isso estamos vendo empresas se reinventando, se comunicando, propondo soluções, abrindo diálogos e entendimento. Falando diretamente, de ser humano para ser humano. Ou seja, se o brasileiro já confia 2x mais nas empresas do que no governo, essa relação no pós-covid vai ficar ainda mais fortalecida.





E o que fazer com esses laços entre empresas e pessoas se estreitando? As empresas vão ter que tomar as frentes mais políticas agora. Falar pelas pessoas que as sustentam. Entender as necessidades também sociais, ambientais e econômicas das pessoas que consomem seus produtos e, de maneira macro, do mercado onde atua. Serão os protagonistas dessa nova engrenagem, que só vai girar com o entendimento de quem são seus colaboradores, a realidade além de sua bolhas.


E que seja uma longa e honesta parceria. Com menos marketing superficial e mais verdade e propósito nas histórias por trás de cada pessoa, desde o fundador até o colaborador. Muda-se o foco em desempenho focado em volume para desempenho focado em qualidade. Estamos falando da Era da Relação e de como estreitá-las para aproveitar ao máximo cada oportunidade rumo à mudanças mais integradas com nossa realidade atual e futura e alinhadas com propósitos ambientais e sociais.


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