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  • Foto do escritorMundo Pano Estela

Para uma Educação Antirracista



 

Temas urgentes e necessários para uma reeducação social como a questão do racismo têm sido amplamente trabalhados por acadêmicos e pesquisadores da área, artistas, historiadores, entre outras entidades.


Após acontecimentos acerca de atitudes violentas vindo de policiais como o caso de George Floyd nos Estados Unidos, acabou refletindo de maneira intensa aqui no Brasil, levantando questionamentos e cobranças dessas entidades citadas sobre o racismo e a violência policial consequente de uma cultura de país colonizado e com um racismo profundamente estrutural.


Mas quando a gente fala de um racismo estrutural, a gente deve levantar a questão da história. Relembrar o que nos definiu como uma cultura eurocêntrica, escravocrata é extremamente essencial para uma reinterpretação correta de tudo que aconteceu, do nosso passado político, dos negros que estiveram em grupos de resistência e se movendo para se colocar e se inserir com corpos sociais. Precisamos entender nossa história.


Existem gerações agora dispostas a ouvir essas histórias, entender nossa estrutura como sociedade e compreender o que disso reflete no racismo ainda enraizado que reverbera em violência e ódio.

Devido a um engessamento das gerações que foram mais influenciadas pelas mídias, pela cultura popular de massa com seus vícios de linguagem ofensivas que vem desde a escravidão sem nem saber a etimologia das palavras e termos usadas cotidianamente, temos uma certa resistência, principalmente dos mais velhos de entender o racismo e, mais do que isso, de mudar a forma de se relacionar com outra raça.


Mas vamos falar das gerações dispostas. Há pessoas dispostas a militar, a disseminar novos olhares, propor novas linguagens, propagar conhecimento da nossa história que foi tão apagada.

Um exemplo dessas pessoas que propagam e que reeducam é um material produzido lindamente pela equipe de educadores da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Jardim Ideal, localizada no extremo sul da capital. Juntamente com colaboradores atuantes na luta antirracista como o músico Diógenes Gomes dos Santos, a poeta e jornalista Elizandra Souza entre outros olhares, produziram uma cartilha com dicas para uma educação antirracista.




De forma muito objetiva e clara, eles expõem temas como as heranças culturais, baixa autoestima, apagamentos, etimologias racistas, religiões da cultura negra, entre outros assuntos a serem urgentemente desconstruídos.

O link desse material me foi gentilmente cedido pela Deh Bastos do Criando Crianças Pretas, que está diariamente militando sobre o tema.


Como estava formulando acima, há algumas gerações a serem trabalhadas, mas a principal e que pode já se desenvolver e crescer com um olhar mais humano, com mais equidade, justiça e conhecimento REAL da nossa história e cultura brasileira são nossos futuros adultos, ou seja, nossas crianças.


Por isso fiz questão de passar adiante essa riqueza que é um material como esse, de extrema importância para o aprendizado de nossos filhos, pois esses pequenos serão adultos e serão eles que estruturarão o futuro do nosso país como sociedade, como valorização da nossa cultura, conhecimento do nosso passado e para 'um amanhã' mais justo e mais pacífico.


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